segunda-feira, 17 de maio de 2010

Programando com Direitos Humanos

A UNESCO Brasil realizou semana passada, em Brasília, oficina de capacitação na metodologia PBDH (Programação Baseada nos Direitos Humanos). Konstantinos Tararas e Marcello Scarone, especialistas da sede da UNESCO em Paris conduziram os trabalhos.
Nesta segunda, 17 de maio, o Centro de Estudos do Espaço Criança Esperança dedicou-se a dar um passo inicial na aplicação da metodologia no ECE RJ através de uma dinâmica de grupo focada nos Direitos Humanos dentro do marco de competência da UNESCO.
Tendo como princípio que:
o Todos os direitos humanos são indivisíveis, inter-relacionados e interdependentes.
o As particularidades nacionais e culturais e o entorno religioso não podem sobrepor-se às
normas internacionais de direitos humanos.

E, que os Direitos Humanos englobam três tipos de obrigações
o Respeitar
o Proteger
o Cumprir


Direitos Humanos dentro do marco de competência da UNESCO.


Ø Direito à Educação

  • Declaração Universal dos Direitos Humano ( Artigo 26)
  • Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC)( Artigos 13 e 14)
  • Convenção dos Direitos da Criança ( Artigos 28 e 29)


Ø Direito a participar da vida cultural

  • Declaração Universal dos Direitos Humano ( Artigo 27)
  • Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC) ( Artigo 15)

Ø Direito à liberdade de opinião e de expressão, incluindo o direito de buscar, receber e compartilhar informação

  • Declaração Universal dos Direitos Humano ( Artigo 19)
  • Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (Artigo 19)

Ø Direito a beneficiar-se do progresso científico e de suas aplicações

  • Declaração Universal dos Direitos Humano ( Artigo 27)
  • Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC) ( Artigo 15)

Ø Acesso à água potável e saneamento

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Chopin no Centro de Estudos do ECE RJ

Luiz Paulo Sampaio, musicólogo e ex-diretor do Teatro Municipal, fala sobre Chopin e sua influência na música brasileira, na reunião do Centro de Estudos do Espaço Criança Esperança Rio de Janeiro , por ocasião do bicentenário do genial compositor polonês. Bicentenário que é celebrado no festival de Chopin, do Rio Folle Journée, que será realizado no Rio de Janeiro de 2 a 6 de junho de 2010.


Assista o vídeo e leia o texto abaixo, produzido por Luiz Sampaio:


Frederic Chopin: um símbolo do Romantismo musical

Entre os últimos anos do século XVIII e os primeiros do século XIX surgiu uma geração de jovens artistas e pensadores que revolucionaram as artes inaugurando um movimento que ficou conhecido na História com o nome de Romantismo. Começando pela literatura e depois se expandindo para a música e para as artes plásticas, esse movimento mudou os padrões estéticos ao dar mais importância à expressão dos sentimentos do que à razão, buscando no mistério, na melancolia, no amor e no fantástico a inspiração para suas obras.
No campo da música o Romantismo trouxe novas formas musicais além de revolucionar instrumentos como o violino e, sobretudo, o piano. Os anos de 1810 e 1811 marcaram o nascimento de 3 dos maiores compositores para piano de todos os tempos : Frederic Chopin e Robert Schumann, em 1810 e Franz Liszt em 1811. De fato, cada um destes gênios contribuiu intensamente para revolucionar a técnica pianística e aumentar em grande escala o repertório do instrumento, além de torna-lo imensamente popular através de peças como polonaises, mazurkas, valsas, noturnos e baladas. Os três estão certamente entre os mais célebres compositores românticos, mas Chopin acabou se transformando em verdadeiro símbolo do artista romântico e sua obra para piano é considerada até hoje como a mais completa e a mais perfeita criada para este instrumento.
Nascido em uma pequena cidade perto de Varsóvia, Chopin logo mostrou seu incrível talento e, aos 7 anos já era considerado como um novo Mozart, compondo algumas obras e dando recitais em Varsóvia. Com 16 anos de idade entrou para o Conservatório onde se formou em 1829 iniciando uma carreira de concertista que o levou à Alemanha e à Áustria recebendo verdadeira consagração do publico. Em 1830, uma revolução na Polônia faz com que Chopin permanecesse em Viena, onde foram publicadas as primeiras mazurkas e os 12 estudos op 10, obras que revolucionaram a técnica pianística mostrando novas possibilidades do instrumento.
No ano seguinte (1831) muda-se para Paris onde se estabelece como um famoso professor de piano, o que lhe garante a sobrevivência na capital francesa, na época o mais importante centro cultural europeu. Em 1832 dá seu concerto inaugural em Paris tocando o seu primeiro concerto para piano e orquestra e torna-se amigo de personagens importantes do mundo musical como Liszt e Berlioz.
No ano seguinte, consagrado como celebridade em toda a Europa, tem suas obras publicadas na França, Inglaterra e Alemanha, compondo nos anos seguintes obras famosas como os Scherzos e as Baladas, além da segunda série de Estudos op 25. Aos 29 anos inicia uma relação amorosa com a escritora George Sand e começa e sentir os primeiros sintomas da tuberculose, o que não interrompe suas composição de obras marcantes como os prelúdios op 28 e a grande sonata da Marcha Fúnebre (op 35).
Os últimos anos de sua vida foram marcados pela amizade com o grande pintor romântico francês Eugène Delacroix e pelo rompimento com George Sand. O agravamento de sua doença levou à sua morte em Paris em outubro de 1849 aos 39 anos de idade.
Chopin deixou-nos uma obra grandiosa em que a beleza e a elegância das melodias, envoltas em um clima de apaixonada emoção, é realçada pela complexa e original harmonia que explora magnificamente todo o potencial sonoro do piano. Ao ouvir esta música pela primeira vez, Robert Schumann, seu contemporâneo e, ele também um maravilhoso compositor, deixou registrado em um artigo todo o seu encanto com a famosa frase: “Tirem o chapéu senhores: surgiu um novo gênio!!”

A geração romântica brasileira

As primeiras obras de compositores brasileiros, sob influência da estética do romantismo, surgiram somente anos após a morte de Chopin. Podemos considerar Carlos Gomes, nascido em 1836, como o primeiro compositor desta geração. Sua ópera mais famosa, “O Guarani”, estreou no Teatro alla Scala de Milão em 1870 tornando-o uma celebridade internacional. Antes, porém, em sua juventude na década de 1850, ele compôs varias pequenas peças para piano, como valsas e modinhas, já em estilo romântico. Entretanto, foi na segunda metade do século XIX que surgiram diversos compositores, nitidamente inspirados na estética romântica e nacionalista, que nos legaram inúmeras peças típicas da época como, prelúdios, noturnos, baladas, valsas, estudos e mazurkas, mostrando clara influência de Chopin. Entre eles destacam-se Leopoldo Miguez (1850-1902), Henrique Oswald (1852-1931), Alberto Nepomuceno (1864- 1920), Alexandre Levy (1864-1892) e, sobretudo, Ernesto Nazareth (1863-1934), grande pianista e genial compositor que tomou Chopin como seu principal modelo em suas polcas, tangos brasileiros, valsas, noturnos e, até mesmo, uma polonaise.
A relação de amor entre a música de Chopin e o coração musical do Brasil ultrapassou esta geração de músicos e adentrou o século XX, permanecendo viva até nossos dias. Basta lembrar que nosso maior gênio musical, Heitor Villa-Lobos, escreveu, por encomenda da UNESCO, em 1949, centenário de morte do compositor, uma Homenagem a Chopin para piano solo constando de Noturno seguido por Balada. Grandes pianistas brasileiros como Guiomar Novaes, Nelson Freire e Artur Moreira Lima são destacados intérpretes da música de Chopin reforçando esta particular estima do compositor entre nós.

Luiz Paulo Sampaio

Festival Chopín - entrevista com Luis Sampaio

Nesta segunda feira, 10 de maio, a reunião do Centro de Estudos do Espaço Criança Esperança Rio de Janeiro foi dedicada a celebrar o bi-centenário de Chopin. O vídeo apresenta entrevista com Luis Paulo Sampaio, musicólogo e ex-diretor do Teatro Municipal sobre o festival de Chopin, do Rio Folle Journée, que será realizado no Rio de Janeiro de 2 a 6 junho.

Mais informações no site: http://www.riofollejournee.com/

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Aprender a Viver Juntos

Prof Geraldo Demesio apresenta na reunião, em 3 de maio, do Centro de Estudos do Espaço Criança Esperança Rio de Janeiro "Aprender a Viver Juntos", um dos quatro pilares da Educação , contido no livro "Educação Um tesouro a descobrir -Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre a Educação para o Século XXI", o Relatório Delors.