Desde 2001 o Espaço Criança Esperança Rio de Janeiro trabalha com o objetivo de desenvolver competências e habilidades nos seus participantes, vendo nesta perspectiva o caminho para uma formação que possibilite sua inclusão humana, política, social e educacional na sociedade.
Competências e Habilidades uma demanda nos dias de hoje...
Entendendo contemporaneidade, ou "sociedade pós moderna" – (Harvey, 1996) como caracterizada pela flexibilidade entre valores e ideologia que até então eram sólidas e estanques.
Antes era "isso ou aquilo" – hoje é "isso e aquilo"
Nós, como equipe/grupo de formação desses indivíduos temos como tarefa, vislumbrar esse jovem, como protagonista da sua história, desenvolvendo sua humanidade e espiritualidade.
Aí começaram o desafios...
- Reflexão do dia a dia do jovem nas atividades oferecidas;
- As diferenças, diversidades de formação, culturais e conseqüentemente de sensibilidades e desejos entre os membros: equipe/equipe, aluno/aluno e equipe/aluno;
- Viabilizar uma prática pedagógica que dê conta da realidade, do desejo, da compreensão e da demanda de cada um equipe/aluno.
Durante o processo de discussão acordamos que a teoria e a prática do aprender a conhecer, o aprender a fazer, o aprender a viver juntos e o aprender a ser, seriam os pontos principais a serem desenvolvidos como competência humana e de habilidades profissionais para todos os envolvidos no processo – equipe/alunos.
Neste sentido, ao longo desses 10 anos de discussão teórica e prática das atividades, para este ano de 2011, escolhemos como caminho metodológico, para o desenvolvimento das competências e habilidades, trabalhar a partir da idealização, construção e prática de projetos, exigindo do grupo estruturas de planejamento, organização, inter-relação, articulação entre a informação (estruturação do Projeto) e a ação/prática para alcançarmos os resultados/objetivos.
Entendendo assim que as habilidades básicas e gerais para a vida, como por exemplo a flexibilização, a adaptação, entre outras, estariam contempladas.
"Distinguir e associar e não disjuntar e reduzir. Os geralmente tem medo da confusão do todo que há em tudo e vice-versa! Mas absolutamente não se trata de misturar as coisas. Trata-se de distingui-las e associá-las. Há um princípio de complexidade..., que na minha opinião é um princípio primário." (citado por Izabel Petraglia em Edgar Morin: A Educação e a Complexidade do Ser e do Saber,.84)
Nós no grupo de discussão, no Centro de Estudos do ECE RJ, após verificarmos o resultado do primeiro trabalho/projeto desenvolvido pelos jovens, "Vamos a Arrial do Cabo", resolvemos amparar nossas atividades, também, com a participação direta dos mesmos.
Incluindo-os no grupo de discussão de forma presencial e utilizando redes de participação (internet) para que pudéssemos qualificar/dirigir melhor nosso trabalho e garantir que nosso universo de ensino/aprendizagem esteja em acordo com a pretendida por todos (equipe/alunos).
Os projetos a serem desenvolvidos nos darão a possibilidade de irmos além do entretenimento/lazer como foi o primeiro que desenvolvemos, para garantir, inicialmente a percepção e o descobrimento/consciência das competências e habilidades que se fizeram presentes e outras a serem desenvolvidas.
Norma Reis,
30 de março de 2011
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